terça-feira, 10 de setembro de 2013

Finde

No sábado, para a minha própria surpresa, acordei um pouco antes das 10hs, sem despertador e sem sono, sendo que fomos dormir quando eram quase 5hs. Levantei, me arrumei e acordei o João, mas ele preferiu ficar dormindo um pouco mais. Interfonei para a Fê e combinamos de tomar o café-da-manhã juntas, convidamos a Lu que mora no prédio também, nos encontramos na recepção e fomos para o Bagel Factory ( uma fabriquinha de bagels ).

Em seguida, fomos para o barzinho onde o João e o marido da Fê já estavam com a turma de amigos. A intenção era apenas almoçarmos e irmos embora, mas daí chegou a Syl e depois foi chegando mais gente. Papo vai, papo vem, acabamos ficando o dia TODO no bar, fomos embora quando fechou, às 18hs. O ~problema~ foi porque surgiu na mesa suco de cranberry para misturarmos com vodka, daí minha amiga, esqueci da vida.

Enfim, nós tínhamos que trabalhar pelo menos um pouco: catalogar produtos novos que chegaram na sexta. Mas não tínhamos condição num primeiro momento, resolvemos então que o melhor seria dormir um tanto e nos encontrarmos mais tarde. E assim fizemos, vim para casa e apaguei, às 21h30 a Fê chegou.

Respiramos e nos jogamos nas planilhas, produtos e número. Acabamos quando eram quase 1h. João que foi assistir televisão no quarto, já estava no décimo quinto sonho. Como nós duas estávamos sem um pingo de sono porque dormimos depois do bar, então resolvemos adiantar o que faríamos no domingo de manhã: palha italiana.

Não sei fazer arroz, feijão, etc. e tal, mas faço um brigadeiro de nutella dos deuses, pão de mel de comer rezando e a palha italiana que faz o maior sucesso. Nhac!

No domingo, tínhamos chá de bebê de uma amiga do centro. Como o plano A não deu certo porque a doceria onde compraríamos as coisinhas não abriu por ser feriado, então resolvi fazer as palhas para levarmos. Eu e a Fê queríamos estar na balada em plena madrugada de um belo sábado, mas ficamos quebrando 4 pacotes de biscoito maisena - o primeiro passo para a produção das palhas.
Terminamos de passar a última palhinha no açúcar às 3 e tanto.

Mas foi tão bacana porque passamos o dia todo juntas desde o café-da-manhã e conversamos sobre trabalho apenas por 2 horas enquanto registrávamos os produtos. Nós até comentamos que nesta última semana, por mais que tenhamos passado todos os dias juntas ( exceto na quarta ), não falamos sobre outra coisa que não trabalho. Então estávamos precisando de papo de amigas!

No domingo, eu e o João fomos tomar café-da-manhã na padoca e depois fomos para o lugar onde aconteceria o chá de bebê mais tarde, pois combinamos com um pessoal de ajudarmos na organização e decoração para poupar nossa amiga que está a apenas duas semanas para a chegada da filha. A barriga está gigante e linda!

O chá de bebê foi uma delícia, energia boa e como conhecíamos quase todos que estavam presentes, então estávamos entre bons amigos. A tarde estava deliciosa com muito calor e para fechar, a noite surgiu com uma lua linda!

Saímos de lá e fomos direto para o teatro, pois era o último dia da peça Entre ruínas quase nada que nosso amigo Filipe ( o aniversariante que fomos na festa surpresa há alguns sábados atrás ) dirigiu.
A peça é diferente de tudo o que já vi, pois o grupo de espectadores não fica sentadinho nas cadeiras da plateia. Ela acontece em diferentes ambientes e vamos acompanhando o elenco, por isso que o grupo precisa ser pequeno, no máximo com 30 pessoas.
E o valor do ingresso é consciente: cada um paga quanto quiser ou puder.
Esta primeira temporada ocorreu no teatro abandonado ( em ruínas ) da Casa do Povo.  

Vou copiar o texto do flyer que está explicando sobre a peça:

"A primeira imagem eram dois seres fantásticos gargalhando da nossa existência. O bufão era a forma encontrada para o nosso riso. Slavoj Zizek trouxe essa imagem para um lugar perigosamente perto de todos nós: real, vizinho e imediato. Visitamos espaços abandonados e nosso primeiro fracasso: o abandono real era inabitável. Visitamos o inferno de Dante, Shakespeare, Borges, cartas suicidas, personagens vivos e mortos. Visitamos as ruínas de Manoel de Barros.
De repente o abandono, a ruína, a sujeira, os pombos e ratos começaram a ficar poeticamente atraentes. De repente, os alagamento, esgotos, a escuridão. Desistir parecia ser uma opção real.
Criação tem dessas coisas, muitas vezes precisamos sangrar o erro.
Mas as ruas explodiram em junho e vários ensaios foram cancelados, ou transferidos para o asfalto, não importa. No meio do caminho nos perdemos, pra onde ir quando não há mais desejo?
Será que ainda seríamos capazes de sonhar com outras possibilidades de agir?
Entre ruínas, colecionamos desistências diárias.
Quase nada nos restava senão abandonarmos as nossas convicções.
Para ouvir algumas histórias é preciso coragem. Para habitar algumas ruínas é preciso antes, construí-las."
(Filipe Brancalião e Jucca Rodrigues)
       
Saímos da Casa do Povo quando eram 20h30, estávamos tão cansados que desistimos de jantar em algum restaurante como tínhamos combinado a caminho da peça. Paramos no Dib, compramos algumas esfihas e trouxemos para comer em casa. Enquanto assistíamos Fantástico, jantamos e nos preparamos para dormir. Não era meia-noite e já estávamos na cama.