E o recesso logo acabou. Os poucos dias de descanso se resumiram em: piscina e gordices.
Na última sexta, foi quando mais aproveitamos e exibimos asbanha loucamente para quem quisesse ver, mas só Deus pôde nos julgar. Não eram 9hs e lá estávamos nós, e mesmo sendo o segundo dia ~útil~ do ano, a piscina estava cheia de moradores. Quando a Sil chegou, nossa amiga que não mora no prédio, trouxe sacolinhas de supermercado cheias de gulodices e bebidas para farofarmos e jacarmos acabando com qualquer intenção de: neste ano vamos tomar vergonha na cara, malharemos e conquistaremos aquele corpinho sarado e esbelto.
Pisar na jaca é mais gostoso que pisar em uma academia, não é?
E assim, passamos mais um dia inteiro na piscina, como se não houvesse outro dia assim tão cedo. E realmente não houve desde então. Na segunda, já iniciamos mais um ano de trabalho, muito trabalho. Que assim seja, amém.
No sábado, eu e o João fomos passear na Liberdade, pois fazia tempo que queria fazer algumas comprinhas ali, mas na época de Natal e final de ano, está fora de cogitação porque tenho fobia de formigueiro humano. Não posso afirmar que no sábado estava tranquilo o movimento, mas estava suportável. Quando voltamos, deixamos as coisas em casa e fomos para o boteco onde um grupo de amigos já nos esperava para almoçarmos. No final da tarde, eu, Fê e mais duas amigas fomos tomar sorvete no Fredíssimo, a poucos quarteirões de onde estávamos. Preciso incluir mais um ítem do que farei nesta vida: mudar e experimentar novos sabores de sorvete. Sempre vou com a intenção de variar e experimentar algo diferente, mas sempre peço o mesmo. Independente da sorveteria que vá, já tenho meus queridinhos. No caso do Fredíssimo, só peço o bem-casado.
No domingo, fomos tomar o brunch na padaria Dona Deôla, jacando mais um pouco. Ah, mas é café-da-manhã AND almoço, assim tudo ao mesmo tempo, então está liberado! Desculpa bem da esfarrapada, mas quem se importa? Comi até sair pãozinho doce de nozes pelos ouvidos. Óbvio que isto não aconteceu, mas houve tal sensação. Para fechar, tomamos expresso que estava mais para chá do que café, o que nos decepcionou. Daí no caminho, passamos na frente do Le Pain, uma cafeteria muito da boa. "Vamos tomar um expresso de verdade?". Bora. Paramos o carro e fomos. Ainda havia espaço no estômago para uma dose de cafeína.
Lembramos que um casal de amigos, o Ronaldo e a Ana, na festa do meu aniversário passado, comentou que pre-ci-sá-va-mos conhecer um tal de Le Pain onde há um croissant com nutella dos deuses. Eles são nossos parceiros de gordices por São Paulo. Comentaram que fica no Itaim ( ou região, não me lembro agora exatamente o bairro), daí quando vimos, paramos, achando que era alguma filial. Não que fôssemos comer o tal croissant depois de um brunch. Ok, íamos. O que é uma banha a mais neste corpinho de meu Deus?
Pedimos os expressos e como quem não quer nada, perguntamos ao mocinho que nos atendeu sobre o famoso croissant. Após alguns segundos de silêncio, ele nos disse que está havendo uma confusão, pois há duas cafeterias chamadas Le Pain, mas de donos diferentes e uma não tem nada a ver com a outra. Só que uma é filial que veio do exterior, considerando o nome, bem provável que seja da França. E esta que fomos é daqui do Brasil mesmo, só que quando a outra chegou, já tinha esta aqui. E daí está esta confusão com duas cafeterias com o mesmo nome.
Quando chegamos em casa, não pensei duas vezes, troquei de roupa e me joguei no sofá, de onde saí horas depois porque apaguei. E foi num domingo cheio de preguiça que me despedi do curto período de férias.
Na segunda, voltamos à labuta. Não com tanta intensidade, pois janeiro é um mês um tanto quanto morto para vendas, mas qualquer trocadinho é muito bem-vindo, sim senhor. Tiramos o aviso de recesso do site, divulgamos uma mensagem fofa de feliz 2014 nas redes sociais e fomos tomar café para conversamos sobre como queremos este ano seja na vida dos filhotes.
À noite, eu e o João fomos ao centro porque se para os católicos foi dia de reis, para nós também foi e tivemos uma Gira do Oriente. Havia mais pessoas da assistência do que médiuns, mas nossa homenagem foi linda.
Na terça, recebemos o primeiro pedido do ano, graças a uma cliente fiel. >3
À tarde, meu empresário ligou para dizer que fechou duas baladinhas no meio de fevereiro, uma em Joinville e a outra em Belém do Pará. Duas cidades que já conheço, mas que será um prazer voltar!
À noite, fui com o João na comemoração do aniversário de uma amiga no Quintal do Espeto, em Moema. Assistimos o show de stand up do grupo Pay Per Riu e o Vilela foi um dos comediantes convidados. Ele foi um dos que acabou comigo no Fritada, sabe. Quando ele nos viu, foi falar comigo e com o João, nós já nos conhecíamos por conta dos churrascos na casa do Gus, antes de ser fritada, inclusive.
Daí quando o stand up acabou, todos os comediantes que se apresentaram estavam no palco se despedindo e o Vilela resolveu agradecer a minha presença com toda a indiscrição possível. E eu estava com um brigadeiro inteiro na boca bem neste momento ( sim, há espeto com brigadeiros! ). Levantei a mão fazendo um gesto de retribuição e me dei conta que o bar parou para me olhar, daí virei para a Ana e disse: "Posso me esconder agora embaixo da mesa ou melhor esperar um pouco?".
Contando assim, não tem graça, mas na hora choramos de rir.
E a noite foi uma delícia com várias risadas, vários espetinhos e a Jana ainda ganhou uma garrafa de vodka do bar, pois a partir de 20 convidados presentes, a aniversariante ganha, mas apenas eu e mais outro convidado que bebemos, não a garrafa toda, lógico, porque me controlei absurdamente e tenho amor ao meu fígado.
Fomos embora quase 1h quando o bar já estava fechando.
Ontem fomos na casa de uma cliente que conhecemos em um dos eventos em salão no final do ano, mas na ocasião ela estava com a mãe, daí apenas olhou os produtos discretamente e pegou nosso contato, ligou para a gente na semana passada e marcamos para nos encontrarmos.
Quando a mulher está em grupo, mesmo que seja apenas entre amigas, acontece de deixar de comprar algo por vergonha. Já aconteceu o fato de sairmos de um evento fechado desse tipo e uma das meninas que estava presente, nos ligar e pedir para reservarmos um vibrador que tinha acabado de ver, mas que por vergonha da reação das amigas, não comprou na frente delas. Enviamos o vibrador por correio no dia seguinte do evento.
Essa cliente que fomos ontem, ficou louca com nossos produtos, comprou vários deles, mas nos disse que jamais compraria na frente da mãe.
É bem gratificante vender produtos eróticos, não apenas porque sei que de uma maneira indireta estou colaborando com muitas vidas sexuais, mas o que mais gosto mesmo é da cumplicidade que há entre eu e as clientes. Me sinto como uma amiga mesmo, uma cúmplice, pois elas se sentem à vontade ao me contar tudo, onde estão os bloqueios, o que buscam. Fico sabendo até mesmo de detalhes não tão necessários assim, mas que acaba sendo divertido ouvir.
E mais uma vez na vida, me sinto novamente psicóloga, mesmo sem um diploma e sem o conhecimento teórico.
Essa é minha vida, esse é meu clube. rs