terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Finde

Sexta-feira, quase uma hora da manhã, uma ligação foi capaz de mudar todos os planos para o final de semana. Eu estava morta na farofa, deitada no sofá com um gata esparramada nos meus pés e outra na minha barriga enquanto colocava a leitura em dia. Enquanto isso, sentado na poltrona, João jogava Resident Evil 4.
Até que o celular dele tocou, era um amigo chamando a gente pra balada com uma turma. E não é que me animei? Acho que nunca me arrumei tão rápido em toda minha vida. Em menos de 30 minutos, tomei banho ( já pensando qual roupa colocaria para ganhar tempo ), me vesti e fiz a maquiagem. E lá fomos nós nos encontrarmos com o povo.

Fomos numa balada GLS para um povo gay mais velho, na faixa dos 40, chamada Bailão.
O lugar é um pouco trash, as músicas são a maioria do tipo que dá vontade de sentar no meio da pista e chorar. Estava louca para ouvir ´Beijinho no Ombro´ da Valesca, mas lá não toca funk.
Mas enfim, nada disso desanimou, fazia tempo que não me jogava e dançava no meio da pista, bem longe do camarote, no meio do povo mesmo. Fizemos uma roda e dançamos até o DJ anunciar que tocaria a música saideira, às 6hs e tanto da manhã. Não me lembrava de como é bom tudo isso, a liberdade e a energia de estar no meio da pista, até mesmo o fato de levar cotovelada em balada faz falta! Juro.

Bebi como se não houvesse final de semana, mas houve e com muita ressaca. Estava indo tudo bem, eu com minha amada vodka, até que um dos nossos amigos sumiu e voltou para a pista com uma garrafa de Chandon (agregamos valor na pista?). Depois de duas taças que tomei, aconteceu o que não posso fazer de jeito nenhum: misturar bebida. Meu fígado é dos bons, mas se eu misturar, aquele abraço.
Lembram na Fazenda? Toda festa eu ficava bêbada por conta da mistura, lá era impossível não fazer mistureba etílica.

Quando saímos da balada, a primeira providência foi arrancar as sandálias dos pés. Estávamos todos famintos e combinamos de alimentar as lombrigas no Chico Hambúrguer, mas quando chegamos lá, demos de cara com a porta fechada. Já eram 7hs e pouco, mas achamos que eles aproveitavam este público que dança a música saideira na balada. rs
Acabamos indo para a opção mais próxima e que tínhamos certeza ser 24hs: Mc Donalds da Av. Bandeirantes.

Ainda bem que o Mc estava vazio ou que todas as meninas, como eu, no caso, estavam descalças.
Estava bêbada consciente, então apesar da fome, pedi o pão no chapa. O único lanche que como lá é o Mc Chicken, mas minha pouca consciência me lembrou que não cairia bem este lanche no café-da-manhã, nem as batatinhas oleosas. Não me lembro exatamente do sabor do pão na chapa, mas João me disse que elogiei várias vezes e que devorei em um piscar de olhos.

Para a minha sorte, não passei mal, quero dizer, não desopilei o fígado. O mundo estava girando ao redor, a memória estava fraca, mas quando coloquei a cabeça no travesseiro, dormi que foi uma beleza.
Acordei assustada quando era quase meio-dia com o interfone tocando loucamente. Era a Fê perguntando se eu já estava pronta para irmos ao salão, pois tínhamos marcado manicure. Ela ainda não sabia que eu tinha ido para a balada, então expliquei mais dormindo que acordada e pedi para que esperasse um pouco. Pensei em desistir e desmarcar meu horário para continuar dormindo, mas olhei para as unhas, a última vez que tinha cuidado delas foi no dia 30 e achei por bem ir.
Minha cabeça estava explodindo de dor, tomei um remedinho, desci o elevador tomando uma garrafinha de água de coco, algo que sempre tenho em casa não apenas para curar dias de ressaca. E me senti como se não me hidratasse há dias, anos, uma vida. A boca continuou seca.
No meio do caminho, a Fê me fez comprar uma lata de Coca-Cola normal porque "vai te curar!", tomei e nada. Já perto do salão, comprei uma garrafinha de água numa banca de revistas, virei em poucos goles.
E daí prometi que não beberia nunca mais nesta encarnação! Promessa esta que durou até o meio da tarde.

Minha sogra que estava desde o Reveillon na praia, chegou no sábado cedo, então João combinou com ela que almoçaríamos juntos. Eu estava com mais sede que fome, mas meu corpinho estava pre-ci-san-do de arroz com feijão. Depois do almoço, João foi levá-la para a casa dela, e daí fiquei com a Fê e o marido dela. Não queria vir para casa para não dormir, mas acabei não resistindo. Eram quase 18hs e não estava aguentando mais meus olhos abertos e vim dormir. Acordei quando eram quase 23hs, mas pelo menos estava bem melhor. Fiz um lanchinho e ainda com sono, voltei a dormir. Pensei que depois de tantas horas dormindo, conseguiria acordar cedo, mas que nada.  

No domingo, só por Deus que saí da cama. Não consegui acordar cedo de jeito nenhum, não consegui ir recepcionar meu cunhado que ficou um mês em Londres com os filhos e chegou na parte da manhã, perdi o almoço na casa da sogra, perdi um churrasco que iria pós-casa da sogra. Mas só consegui levantar para valer, quando já eram 15h30. O churrasco ainda estaria rolando, mas a preguiça estava tanta, que preferi me recuperar para começar a semana bem.

Às 18hs e pouco, João voltou da casa da mãe e sugeriu de irmos ao cinema, mas o convenci de irmos durante a semana, pois cinema lotado com um monte de barulho de saquinho de pipoca, não é comigo. Mas como ele queria fazer algo que não fosse em casa, então sugeri de irmos conhecer o outro Le Pain, que nosso casal de amigos sugeriu e que fomos no último domingo no ~ errado ~.

Assim que paramos o carro, a chuva nos pegou em cheio e como tínhamos estacionado o carro a dois quarteirões da cafeteria, então ficamos ensopados. Chego no Mc Donalds às 7hs e pouco descalça, no dia seguinte chego na cafeteria parecendo um pinto ( sem malícia, peloamor ) molhado. quer dizer,

Enfim, meu final de semana foi bem diferente do que tinha planejado, mas foi bom na medida do possível.