E logo criamos este hábito, até mesmo as pessoas menos educadas, perguntam de uma maneira automática. Ok, tem quem não consiga de jeito nenhum, talvez pensando que cairá algum pedaço.
O diálogo é simples e básico:
- Oi, tudo bem?
- Tudo bem e com você?
- Também.
E passamos a vida perguntando o clássico "Tudo bem?" mesmo sabendo que nunca está tudo bem com ninguém. E podemos estar com cólica, problemas no trabalho, crise com os filhos ou com o marido, inúmeras dívidas, enxaqueca, etc., que sempre responderemos que estamos bem, obrigado(a).
A pessoa que perguntou se está tudo bem à outra, finge que acredita no "tudo bem"", e na maioria das vezes, o diálogo se encerra por aí. A porta do elevador, por exemplo, se abre e cada um segue a rotina. E durante o restante do dia, perguntamos, ouvimos a resposta e até mesmo respondemos várias vezes a mesma coisa. E com um tudo bem aqui, outro ali, caminha a humanidade.
Se é educado perguntar se o outro está bem, é educado responder que sim, mesmo não estando.
Já pensou se fôssemos verdadeiros e sinceros um com o outro em nossa resposta diante ao "Tudo bem?"? Viveríamos escutando queixas dos outros e talvez não faríamos outra coisa. Azar de quem perguntasse à alguém com síndrome do coitadismo e que começasse um relato de todos os problemas que carrega na vida.
O vídeo abaixo, é antigo e já tinha assistido no ano passado, mas mostra bem como seria se fôssemos verdadeiros na resposta diante um "Tudo bem?". O que teria de gente desligando na cara uma da outra...
Ainda bem que é educado responder que está tudo bem! ;)