Então. Nem sei por onde começar, talvez pedindo desculpas pelo meu sumiço já é um bom começo, ou não? Pois sente que lá vem um post gigante! Será uma mistureba de fatos, sem seguir a ordem cronológica dos fatos, nem sei se lembrarei de contar tudo o que gostaria, pois a boa memória me manda lembranças, mas tentarei fazer um resumo do último mês.
Março foi punk, pesado, muito por culpa da quaresma (que está acabando!) e dos planetinhas que estão fazendo bagunça no céu ( e continuam! ). Bem que fomos avisados durante um trabalho ´de branco´ que é um período que pede cautela e firmeza, muita firmeza. Em ano de justiça, quaresminha seria mais pesada que o normal.
Quaresma é um período católico, com todos os seus significados, mas nós umbandistas respeitamos estes quarenta dias obviamente com crenças diferentes, mais espirituais, no caso. Não é a toa que usamos um contra-egun no braço durante este período todo. Não tô aqui para discutir fé, principalmente porque religião é uma das poucas coisas que não se discute, cada um com a sua.
Um dia conto como que fomos parar na umbanda, ou melhor, já é um capítulo do próximo livro que será lançado no mês que comemorarei meus 10 anos de subceleb.
Fiquei quase duas semanas com uma virose bem chata, que me derrubou nos três primeiros dias, nos quais não consegui sair de casa e quase não saí da cama, não consegui me alimentar com nada, o que me fez emagrecer quase 1,5 Kg nestes três dias ( já devidamente recuperados, diga-se de passagem ). Era João querendo me levar para o hospital e eu acreditando que me recuperaria sozinha sem ajuda de médico. Foi bom para dar uma pausa na correria do dia-a-dia, para ficar assistindo filmes, dormir e ser mimada pelo marido. Férias forçadas em um momento que não poderia pensar nisso, mas tudo bem.
No dia que finalmente acordei me sentindo bem, resolvi ir ao salão para cortar o cabelo, nenhum corte radical, apenas dois dedinhos nas pontas, uma boa repicada e a franja ficou um pouco mais curta. E ninguém notou a diferença até hoje. Então fui ao shopping Ibirapuera para bater perna e fazer comprinhas, foi quando conheci a loja Quem disse, Berenice? de makes. Adorei o lápis de olhos, bem preto do jeito que gosto. Detestei o demaquilante. Me apaixonei pela linha de esmaltes.
"Se tô boa para passear no shopping, então tô boa para trabalhar" - pensei. E foi o que fiz, liguei pra Fê para dar a ótima notícia do meu retorno na labuta. Ainda assim, nos outros dias ainda tive um pouco de febre, tosse, garganta inflamada, mas já estava me considerando bem. Até que fui tocar numa festa em Mendes e na volta, o organismo deu um jeitinho de me avisar que não, não estava ainda tão bem como pensava. Mais um dia de molho em casa.
Mendes me surpreendeu. Para chegar até lá foi uma viagem cansativa, chegamos no aeroporto do Rio de Janeiro e encaramos duas horas de carro. Parecia uma viagem eterna. Mendes fica lá no alto da serra, numa estrada cheia de curvas, passamos por Nova Iguaçu e não teve como não me lembrar da Fani no BBB e seu grito de guerra: "U-hú! Nova Iguaçu!". Chegamos no comecinho da noite na pousada onde ficamos hospedados, estávamos famintos e cansados, esperamos os contratantes chegarem para nos conhecermos e combinarmos o horário que teríamos de estar lá na festa. Jantamos na própria pousada e dormimos um pouco.
A cidade é bem pequena, a festa de música eletrônica aconteceu num espaço de um clube.
Enquanto me arrumava para ir, ouvia o barulho da chuva, deu frio na barriga, pensei que a festa fosse miar.
Chegando lá, bateu um leve desespero, o único caminho para chegar até a área da festa era toda de terra que com chuva, se tornou lama. Além dos saltos afundarem a cada passo dado, todo cuidado era necessário para não escorregar.
Cheguei com um pouco mais de uma hora antes de assumir o som. Fiquei sozinha esperando o momento de subir no palco, num camarim improvisado com lona, minhas únicas companhias eram um balde contendo uma garrafa de Absolut, algumas latinhas de Red Bull, e um bichinho ( parecido com um gafanhoto ) que tentava sobreviver após se afogar numa pequena poça de água. João ficou conversando com os seguranças do lado de fora e de vez em quando ia me visitar.
A pista da festa estava bem cheia, quase lotada, para o meu alívio o temporal na pequena cidade não atrapalhou.
Valeu a pena ter voltado para a pousada com as sandálias marrons de tanta lama e os dedinhos quase congelados!
No final de semana anterior a este de Mendes, fizemos uma maratona no Paraná, cada dia em uma cidade. Na sexta, chegamos no meio da tarde em Londrina, estávamos com o Few ( nosso amigo curitibano ) que passou a semana em São Paulo e nos acompanhou neste finde para discotecar antes de mim. Deixamos as malas no hotel e já saímos em busca do shopping mais próximo, que acabou sendo o Catuaí. Famintos, fomos diretamente para a praça de alimentação. Depois que almoçamos, fomos passear e nos deparamos com outra praça, mais nova, com melhores opções. Ai que raiva!
Tinha até o restaurante Madero ( que conhecemos e jantamos em Joinville ), fora outros bons restaurantes. Na praça onde ficamos, só tinham as opções mais simples de fast food.
Andamos pelo shopping inteiro que não é tão grande e voltamos pro hotel.
À noite, eu e o Few fomos ao Studio New York, salão de beleza das donas das baladas que tocaríamos tanto em Londrina como em Maringá. Fomos muito bem recebidos e mimados, atendimento exclusivo, pois o salão estava fechado para nos receber.
O ambiente é muito fofo, bem feminino, cheio de detalhes, a decoração é do jeito que gosto: mistura de vintage com coisas modernas. A equipe de profissionais é boa demais, com um astral contagiante e eles me transformaram. Amei tudo, a maquiadora Carla manda bem demais. Infelizmente não me lembro dos nomes dos cabeleireiros, mas fizeram cachos sensacionais no meu cabelo. Fora o manicure gato que mandou melhor que muita mulher nos cuidados com as unhas.
O João não nos acompanhou, pois ficou responsável pelo nosso jantar, não teríamos tempo de sair do salão e irmos a algum restaurante, então ele foi sozinho e levou marmitinhas para o hotel. Comemos rapidinho, nos arrumamos e já fomos para a balada New York Club, já era meia-noite e tanto. Enquanto o Few discotecava, fiquei com um pessoal no camarim até assumir o som. A pista estava quente, animada, me arrepiei. Gosto assim.
Depois que saí da cabine de DJ, fiquei tirando fotos e recebendo vários abraços. Chegamos de volta no hotel quando eram quase 5hs. Pena que o buffet de café-da-manhã ainda não estava pronto.
No sábado, acordamos às 11hs, arrumamos as malas e seguimos viagem para Maringá. Lá foi o mesmo esquema: malas no hotel e partiu shopping! o/ Almoçamos num restaurante top, mas não me lembro do nome e acabei de ver que não fiz check-in no foursquare. Um self-service com comidinhas no estilo de fazenda mineira, bem caseiras e deliciosas. As sobremesas então, sem comentários!
Durante o passeio ainda encontramos uma brigaderia no meio do caminho, daí já viu. Voltamos para o hotel ainda com bastante tempo livre, mas não saímos mais. À noite, fomos jantar no restaurante Casarão XV, onde comemos pizza ( a de agrião com tomate seco é maravilhosa ). O que peca é o atendimento lento e péssimo, nem dá vontade de pagar a taxa de serviço, sabe.
Achamos que não tínhamos tido sorte, mas ao fazer check-in, me deparei com várias críticas sobre os mesmos motivos.
Voltamos para o hotel e ficamos esperando o maquiador chegar, então enquanto ele me arrumava, ficamos já fazendo um esquenta pré-balada. Chegamos na New York Lounge um pouco antes da meia-noite. O espaço é bem menor, tanto que um é Lounge e o de Londrina é Club, o estilo é diferente, mas independente do tamanho, as pistas estavam bem animadas e fui tratada com muito carinho no momento que recebo as pessoas para tirarem fotos comigo. <3
No domingo, às 11hs, já estávamos no carro para o último evento desta maratona, dessa vez nosso destino foi o Hotel Fazenda Salto Bandeirantes que fica em Santa Fé, no interior do Paraná. A viagem durou 1h30, assim que chegamos, deixamos as coisas no quarto e fomos ao restaurante para almoçarmos. O tempo estava curto, pois eu e o Few não discotecaríamos em uma balada no início da madrugada, mas em uma festa de uma clínica de estética que estava divulgando a marca e realizando um desfile de biquínis e vestidos. O evento começaria às 18hs.
Era apenas um maquiador para um grupo de oito mulheres, então tudo precisou ser bem cronometrado, sendo assim, tive meus cabelos enrolados ainda no início da tarde e passei o dia todo com a cabeça cheia de grampos o que me fez sentir a Dona Florinda, mas o resultado foi cachos e mais cachos.
O camarim estava improvisado num dos quartos do hotel, enquanto uma menina estava no cantinho da make, as outras ficavam experimentando as peças para o desfile, a bebida foi liberada após o almoço, foi uma farra só. O que demos de risada!
Enquanto isso, o João e o Few ficaram papeando com os meninos, pois havia desfile com peças masculinas também. Dentre eles, o Mister Paraná e o ex-BBB Cristiano Naya que participou da 11a. edição e se tornou quase melhor amigo de infância do João. Mas ele é gente boa mesmo, bem na dele.
Dentre as meninas, estava a Karine, Miss Paraná 2009, querida demais, super humilde além de lindíssima.
A tarde passou rápida porque foi agitada e havia expectativa de todas as partes. Era o primeiro evento da clínica, então as donas estavam ansiosas porque eram muitos detalhes e tudo precisaria sair do jeito que esperavam, o investimento foi grande demais para não haver retorno do público. Uma banda foi contratada para cantar antes e depois do desfile, tinha uma tenda vendendo os comes, outra vendia bebidas. E todos resolveram atrasar. Precisava montar o palco com toda a estrutura de som, enfim, eram muitos detalhes para pouco tempo e o público começaria a chegar às 17hs. Até eu comecei a ficar tensa, mas no fim acabou dando tudo certo, mas houve um atraso considerável de quase duas horas, por sorte a banda animou as pessoas que já estavam presentes e aguardando o desfile.
O evento terminou às 23hs e pouco, as donas da clínica nos chamaram para um after que aconteceria na área da piscina, para estourar champanhe e reunir todos os envolvidos diretamente para que o evento ocorresse.
Fui para o quarto para me "desmontar", rs, precisava arrancar as sandálias, o vestido, diminuir o volume dos cachos, tirar o quilo de make do rosto e precisava principalmente de um bom banho e relaxar um pouco. Mas nestes 40 minutos no quarto e ainda mais depois do banho, a adrenalina abaixou de tal maneira que fiquei sem energia e com um sono incontrolável. Abortei a ideia de participar do after, o João curtiu minha decisão porque também estava bem cansado, então mandei mensagem para o Few para avisar que não iríamos mais.
Fui dormir apenas sem disposição e energia, que estava esgotada, mas pensei que uma boa noite de sono seria o suficiente para acordar bem. Lego engano. Acordei com a garganta inflamadíssima e o nariz ruim, assim que chegamos no aeroporto de Sampa, passei na farmácia e comprei alguns remedinhos porque ficar doente era tudo o que não queria naquela semana que tinha vários compromissos. E daí foram as quase duas semanas com a virose que me pegou em cheio e que comentei no início deste post...
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Fomos ao Erótika Fair, eu, João, Fê e Eli. Resolvemos ir no último dia do evento, no final da tarde do domingo.
Expectativa: queríamos visitar todos os stands, sem exceção, em busca de novidades do mercado erótico, quem sabe não encontraríamos lançamentos ou produtos diferentes que nossos fornecedores não importam ou fabricam?
Realidade: nem dez minutos já lá dentro, um grupo de amigos me reconheceu e pediu para tirar fotos, parei e muitas pessoas que estavam passando viram a muvuca e resolveram parar também. E daí fiquei tirando fotos por um bom tempo achando que depois conseguiria começar a visitar os stands...
Apenas conseguimos visitar com calma o da Lelo, que é uma marca belga de massageadores/vibradores, são maravilhosos, fiquei apaixonada por todos os produtos.
Ficamos mais de meia hora, fomos recebidos tão bem pelos dois representantes da marca no Brasil, eles nos explicaram tudo, desde o conceito da marca, como os detalhes dos produtos. Não é a toa que é a marca líder em produtos eróticos de luxo. E põe luxo nisso!
O design dos massageadores é bem diferente, a textura é super macia, alguns podem ser até objetos de decoração de tão lindos e sem cara de coisa erótica. Fora a vibração que é BEM intensa!
Detalhe: nenhum funciona com pilha, mas com bateria recarregável na tomada.
Há até um massageador banhado com ouro, pequeno e delicado, que é para o clitóris. Uma jóia erótica que custa 8 mil reais!
Que sorte que tivemos de nos deparar com o stand desta marca! Já tinha visto várias fotos destes produtos na internet, mas ainda não conhecia pessoalmente, pois nossos fornecedores não importam. Bom, fechamos parceria, trocamos contatos e vamos começar no próximo mês a vender os produtos da Lelo! o/
Além da parceria, ainda ganhei dois mimos de presente: um vibrador e uma pluma tantra. Peeense na minha felicidade!
E assim, apenas um stand compensou nossa ida e à expectativa frustrada por não termos visitado todos.
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Por falar em produtos eróticos, continuamos vendendo, mas demos uma pausa nos eventos nos salões, pois nos findes que estamos em São Paulo temos tido outros compromissos, mas vamos nos organizar para realizarmos algum em breve, pois estamos sentindo falta de vendermos os produtos pessoalmente. ;)
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No último finde, ficamos aqui em Sampa. No sábado, fomos almoçar feijoada com um amigo do Centro, a Fê foi com a gente, pois não basta passarmos todos os dias quase inteiros da semana trabalhando juntas, sabe. Depois do almoço, fomos tomar sorvete no Fredíssimo. E quando fomos ver, o dia já tinha acabado e estava anoitecendo. Nos despedimos do nosso amigo, a Fê foi para a casa dela, eu e o João viemos para casa e dormimos até 21hs. Quando eram quase 23hs, quem veio em casa? A Fê! rs. Fizemos um esquenta pré-balada.
Fui tocar na festa Plasticine, no Luar Rock Bar, em Itaquera. Precisávamos estar às 2hs lá, mas chegamos um pouco antes. Itaquera é do outro lado da cidade, quase uma viagem para nós, ainda bem que pelo horário e dia, não há trânsito.
Grata pelo carinho do Ramirez que nos recebeu e fez companhia no camarim pra gente. Sorte a minha de ter bons contratantes, até hoje não tive problema com nenhum, não tenho do que reclamar.
A festa foi boa demais, posso dizer que superou minhas expectativas. Gosto assim.
A Fê acabou sendo minha assistente porque não quis ficar na pista, ficou num cantinho ao lado da mesa com o equipamento, então quando eu queria algo, fazia sinal pra ela ir buscar para mim água, energético ou vodka, mas não abusei da boa vontade dela, juro. Ah, e ela gravou por espontânea vontade vários vídeos no celular.
Depois que comandei o som, voltamos ao camarim onde recebi as pessoas para tirar foto. Fomos embora às 5hs e pouco. No caminho, resolvemos parar num Mc Donald´s porque nós três estávamos famintos.
Chegamos em casa quando eram quase 6hs, nem colocamos despertador, pois como não tínhamos marcado nenhum compromisso propositalmente, então não tínhamos hora pra nada. Acordamos quando às 13hs e pouquinho, nos arrumamos e fomos tomar brunch na padaria Dona Deôla. Comi tanto que dava para hibernar por dias. Voltamos para casa e foi um domingo com preguicite aguda cheio de dignidade.
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Acho que por hoje tá bom, né?
Até e axé.