Crenças à parte, nunca curti agosto. Quando estudava, significava a volta às aulas após um mês de férias que sempre passavam em um piscar de olhos. E férias em pleno inverno, quem merece?
Significava também que precisava começar a recuperar as notas do semestre anterior.
Fora isso, desde que me conheço como gente, sempre foi um mês estranho, tudo parece que fica mais difícil de acontecer e fluir. Há alguns anos, deixo agosto rolar: sem cobranças, sem decisões, sem muito entusiasmo. É um mês que tenho vontade de ficar isolada, pensando na vida sem ninguém por perto, se pudesse fugiria para as montanhas para curtir apenas minha própria companhia. Em agosto de todos os anos, vivo meu momento sabático.Talvez por isso, tenho a sensação de ser o mês mais longo. Chega dezembro, mas não acaba agosto.
E pra piorar, praticamente emenda com o meu inferno astral, que enfrento em setembro.
Coincidência ou não, em agosto sempre aconteceu alguma mudança brusca em minha vida. Coisas ruins e boas também, mas sempre uma grande mudança...
Foi em agosto de 2002 que coloquei na cabeça que precisava fugir de casa, plano que consegui colocar em prática apenas em outubro do mesmo ano. Foi em agosto de 2004 que começaram minhas aparições na mídia graças ao jornalista Pedro Doria. Foi em agosto de 2008 que minha amizade com a Gabi acabou.
Agosto e setembro são os meses que menos gosto, se fosse possível, gostaria de hibernar neste período e acordar em outubro, um mês que para mim sempre foi fantástico, quando a força resurge após ficar adormecida por dois meses, quando tudo o que decido fazer e realizo, dá bons frutos. Até mesmo por que, é o mês que inicia um novo ciclo na minha vida.
Um bom agosto para mim e para vocês! Vamo que vamo!